terça-feira, 27 de novembro de 2012

Biografia



         Filho do fazendeiro José Bento Marcondes Lobato e de dona Olímpia Augusta Monteiro Lobato, ele foi, além de inventor e maior escritor da literatura infanto-juvenil brasileira, um dos personagens mais interessantes da história recente desse país. Cético, tinha como um de seus ditos preferidos o de "não acreditar em nada por achar tudo muito duvidoso".  Entretanto, contrariando seu ditado, acreditou na indústria brasileira do livro, fundado em 1918 a ‘Monteiro Lobato e Cia’ a primeira editora brasileira, iniciando o movimento editorial brasileiro.
        Em 1917, Lobato publicou o contundente artigo "Paranóia ou Mistificação?'', no qual criticou uma exposição de Anita Malfatti e a influência dos "futurismos'' nas obras da artista. Para ele, cada arte, como as ciências, tem suas leis (proporção, simetria etc.), e Malfatti era excelente artista quando as cumpria, tinha um "talento vigoroso, fora do comum", porém, o escritor não gostava quando a artista se deixava seduzir pelas vanguardas européias, assumindo, segundo ele, "uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & Cia". Mário de Andrade publicou um artigo no jornal "A Manhã" no qual decretou a morte de Monteiro Lobato, porém, na década de 30, Lobato, Mário e Oswald fizeram as pazes. 
       Segundo Marisa Lajolo, Lobato traz o melhor de sua literatura, principalmente em "Urupês'' e "Negrinha'', nos quais, segundo ela, "comparecem os diferentes brasis que até hoje, sob diferentes formas, assombram as esquinas da nossa história.
         Os dois livros mostram a "aguda sintonia de Lobato com um tempo que reclamava novas linguagens" e marcam a vigorosa entrada no mundo literário brasileiro de um grande escritor que, segundo ele mesmo disse, "talento não pede passagem, impõe-se ao mundo".
                    


             



        Logo depois ao glorioso início da carreira literária, Lobato viajou para os Estados Unidos, lá enfrentou sérios problemas. Seu livro "O Presidente Negro e o Choque de Raças" -uma história que narra a vitória de um candidato negro à Presidência dos EUA- não foi muito aceito e acabou por custar-lhe grandes desgostos, mas aqui, sempre foi um ardoroso defensor daquele país,Logo depois ao glorioso início da carreira literária, Lobato viajou para os Estados Unidos. Comentou em uma carta a Érico Veríssimo ao comentar o novo livro de Érico, Lobato afirmou: "Escrever bem é mijar. É deixar que o pensamento flua com o à vontade da mijada feliz."
        Quando regressou ao Brasil, em 31, Lobato chegou com mais uma crença: acreditava piamente nas riquezas naturais do país e na sua capacidade de produzir petróleo.
          Monteiro Lobato morreu, vitimado por um derrame, às 4 horas da madrugada do dia 4 de julho de 1948, deixando um legado de personagens que ficarão para sempre impregnados nas retinas de todos aqueles que tiveram e que terão contato com as histórias do Jeca Tatu, do Saci, da Cuca, da boneca Emília, do Visconde de Sabugosa, da Narizinho, do Pedrinho, da Tia Nastácia, da Dona Benta, entre outros tantos que habitam as obras deste que foi conhecido como "O Furacão da Botocúndia".



                                              Folha Imagem





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